O trovadorismo é a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Seu surgimento ocorre no mesmo período em que Portugal começa a se despontar como nação livre, no século XII; porém, as suas origens dão-se na Provença, de onde vai se espalhar por praticamente toda a Europa. Apesar disso a lírica medieval galego-portuguesa vai possuir características próprias e um grande productividade e número considerável de autores conservados
É o conjunto das manifestações literárias contemporâneas à primeira dinastia - a dinastia de Borgonha (1109-1385) Alguns aspectos da história da Península Ibérica são importantes para entendermos certas características das manifestações literárias desse período:
a) O feudalismo, já em declínio, terá reflexos até mesmo na linguagem da poesia amorosa, como veremos adiante. As cortes dos reis e dos grandes senhores feudais são os centros de produção cultural e literária.
b) A reconquista do território, dominado pelos árabes desde o século VIII, faz prolongar, na nobreza ibérica, o espírito guerreiro e aventureiro das Cruzadas. Daí o gosto tardio em Portugal pelas novelas de cavalaria.
c) Por último, o profundo espírito religioso medieval e teocêntrico refletirá tanto nas já citadas novelas de cavalaria como na poesia de temática religiosa (Cantigas de Santa Maria, de D. Afonso X) e nas hagiografias (vidas de santos) e obras de devoção.
a) O feudalismo, já em declínio, terá reflexos até mesmo na linguagem da poesia amorosa, como veremos adiante. As cortes dos reis e dos grandes senhores feudais são os centros de produção cultural e literária.
b) A reconquista do território, dominado pelos árabes desde o século VIII, faz prolongar, na nobreza ibérica, o espírito guerreiro e aventureiro das Cruzadas. Daí o gosto tardio em Portugal pelas novelas de cavalaria.
c) Por último, o profundo espírito religioso medieval e teocêntrico refletirá tanto nas já citadas novelas de cavalaria como na poesia de temática religiosa (Cantigas de Santa Maria, de D. Afonso X) e nas hagiografias (vidas de santos) e obras de devoção.
"No mundo non me sei parelha ,
mentre me for como me vai ,
ca já moiro por vós - e ai !
mia senhor branca e vermelha ,
queredes que vos retraia
quando vos eu en saia !
Mau dia me levantei,
que vos enton non vi fea !
E , mia senhor , dês aquel dia , ai !
me foi a mi mui mal ,
e vós , filha de do Paai
Moniz , e ben vos semelha
d'haver eu por vós guarvaia ,
pois eu , mia senhor , d'alfaia
nunca de vós houve nen hei
valia d'ua correa . "
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